"A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática.
Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas". (Autor Desconhecido)
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domingo, 2 de janeiro de 2011

Fato acontecido




Conta-se uma história
Ocorrida há tempos atrás
Mas, permanece na memória
De um povoado de Minas Gerais.

O bairro era bem tranquilo
De repente surgiu um rapaz
Nunca se viu aquilo
Ninguém mais teve paz

A noite numa casa ele aparecia
Fazendo tamanha barulheira
Onde morava não se sabia
Mas era alvoroço a noite inteira.

Pedras lançadas no telhado
Gatos miavam, cachorros latiam
Vozes por todos os lados
Os moradores da casa ouviam.

Nas festas que no bairro ocorria
Sempre havia muito alvoroço
Pois, do nada um rapaz surgia
Causando ciúmes aos moços.

O que o jovem desejava
Era arrumar confusão
Mesmo com mulheres casadas
Ele usava de sedução.

Até que o padre foi chamado
Para uma explicação encontrar
O local foi exorcizado
E uma voz começou a falar.

Disse que era o satanás
Que ali veio se instalar
Porém, não ficaria mais
Porque Deus expulsou-o do lugar.

E assim, o povoado retornou
A sua traquilidade normal
O morador para Deus retornou
Mas, a história ficou do local.

Ataíde Lemos

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