"A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática.
Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas". (Autor Desconhecido)
Seja bem-vindo. Hoje é

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Momentos
















Tem momentos que bate uma tristeza
No coração tantas incertezas
Que dá vontade de chorar
Sair por ai, sem rumo a andar

Tem momentos que bate uma agonia
Viver é percorrer dura travessia
Dá um aperto no coração
Abate intensamente a solidão.

Tem momentos que existir é uma necessidade
Pois o que queremos na verdade
E sumir e não deixar paradeiro
Para esconder-se do mundo inteiro.

Tem momentos que perde o prazer
A alma anseia por se esconder
Sente a dor espinhar o peito
A vida torna-se um branco e preto

Tem momentos que nada faz sentido
Pois tudo perde o colorido
Nada é capaz de alegrar os sentimentos
Então, resta esperar para outro momento.

( Ataíde Lemos )

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ser normal















Ser normal é cumprir regras
É estar dentro dos limites impostos
Pelos costumes, pela cultura...
É distinguir o que é certo e errado
Segundo os preceitos colocados.
Ser normal é sorrir quando
O coração pede pra chorar
É se calar quando as palavras
Estão querendo se soltar
É encubar os desejos
Para manter-se
A mascara que o esconde.
Ser normal é deixar
O interior sufocado
Porque se torna escândalo
Caso queira vive-lo.
É viver de representações
Para ser aceito na sociedade
Segundo as convenções.
Enfim, ser normal
É ser igual a todos
Mesmo que todos
Sejam loucos.

( Ataíde Lemos )

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Resista





















Não chores por favor
Não externe sua dor
Não deixe ele se achar
Para não te humilhar

Finge que está feliz
Represente; seja atriz
Alegre-se não fique triste
Faça de tudo, mas resiste.

Se por acaso ele aparecer
Não queira se esconder
Diga que já se sente bem
Até conheceu outro alguém.

Procure ser indiferente
Esconda esta dor latente
Que machuca seu peito
Disfarce de qualquer jeito.

Hoje quem sofre é você
Agonia de um amor perder
Amanhã ele pode sentir
O veneno que deu pra ti.


(Ataíde Lemos )

Preconceito Racial

















Tenho a pele mais escura que a sua
Mas, pensando bem! Ninguém tem cor igual
Há muitas tonalidades diferentes
Porém, todos independente a coloração
Não deixam de ser gente.

Está passando a hora de mudar certos conceitos
Um deste é este tal preconceito
Que a cor da pele faz do homem um Ser diferente
Menos sociável, menos inteligente...

Negros, índios, pardos, amarelos, brancos
Precisam ser respitados e ter os mesmos direito
Pois, certamente, tem os mesmos deveres.

Preconceito é a raiz da discriminação
Como fruto produz a violência
Moral como a física entre irmãos.

( Ataíde Lemos ) 

Bandeira Nacional



No alto do mastro tremula a bandeira nacional
Em suas cores os símbolos da pátria trazem
O verde das matas; belezas desta terra sem igual
Verde, das esperanças que não se desfazem.

No azul entre estrelas o céu vem simbolizar
Como o encanto do mar, o azul lembrar nos faz
Mas, das quatro cores, uma dela há de destacar
O branco; símbolo maior, desta gente de paz.

Cada estrela representa uma Unidade da Federação
Da América do Sul, destaca-se como maior Nação
Maravilhosa, incomparável, sem outra semelhante.

Ordem e Progresso; frase que merece atenção
Pois, é o sentimento de gente valente e guerreira
Oh! Amada e adorada bandeira brasileira.


(Ataíde Lemos)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Oh! Ilha de Paquetá.















Ilha de Paquetá
Tuas praias fazem-me sonhar
Levam-me a todo tempo
Para este pedaço de chão
Sempre estar.
Maravilha que move
Meus sentimentos.
Fico a contemplar
A vida, a natureza
Que está envolto a beleza
Deste espaço de terra.
Sua flora, fauna,
Teu mar, Teu ar...
Seduz o meu olhar
Deixando-me encantado
Completamente apaixonado
Por este lugar.
Oh! Ilha de Paquetá.

( Ataíde Lemos ) 

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A inspiração



A inspiração surge como uma poesia
Não importando ser noite de luar
Ou ser uma noite escura, triste e fria
Surge quando o dia está nublado ou radiante.
Vem em qualquer estação
Primavera, inverno, outono ou verão
De um nada, ou de um tudo sempre vem
Trazendo consigo a beleza que só ela tem.

A inspiração é autodidata,
Faz-se por si mesma.
Tem a pessoa escolhida,
Porém a sua chegada
Não tem hora marcada
Mas ao surgir,
Não há mais partida.
Transforma em maravilhas
Dando um colorido a vida
Tornando-a mais suave e bonita.


( Ataíde Lemos )

Não Chores



A vida é um presente lançado por uma semente
Que com carinho é cuidada e sendo formada
Com beijos, afagos, abraços e muita atenção
Que vai crescendo, desenvolvendo
E novamente é lançada ao chão
E assim, surgem os frutos (filhos)
Num ciclo permanente.

Mas, a vida não morre, ela se transforma
Quando por fim, na terra termina a missão
Partindo então, para outra dimensão.
A vida continua viva,
Agora já não mais no chão
Mas no gozo da felicidade,
Vivendo a plena eternidade
Em sua verdadeira morada.

Não chores com minha partida
Estou em casa, junto ao meu Pai
E Maria minha mãe querida.


( Ataíde Lemos )

É amor demais



Quanto bem você me faz;
É amor demais
O que sinto por você.
Até perco no tanto
O quanto te amo
O quanto te desejo
Quanto é saboroso seu beijo.
O quanto sou teu
O quanto meu coração
Pulsa feliz ao lado seu
O quanto me dá felicidade.
Sinto-me como criança
Quando vê o mar
Ou então quando
Ocorre o despertar
Do primeiro amor
Todo bobo
Só vive a sonhar.
Você dá vida a minha vida
É o sol, que irradia
Fazendo a alegria
Do meu dia a dia.


( Ataíde Lemos )

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Foto

















De repente vi uma foto antiga
E pelo tempo fiz longa viagem
Voltei ao passado e vi momentos
Que envolveram meus sentimentos.
Quantas estradas já foram percorridas
Quantos sonhos pulsaram no peito
Alguns foram realizados
Outros desfeitos.
Muitas conquistas atingidas
Outras tantas perdidas
Muitas amizades surgiram
Que até hoje permanecem
Outras ficaram pelo caminho
Mas deixaram suas histórias
Que não se perderam com o tempo.

Ah! Quantas lembranças uma foto
É capaz de fazer reviver
Envolvendo-nos em sentimentos.
Até as musicas do tempo
Voltam na mente,
Fazendo-se presente.
É uma viagem de volta
Que envolve o coração
Revira as emoções
Causam nostalgias
Molhando o rosto em lágrimas
Ora de saudade, ora de alegria.


( Ataíde Lemos ) 

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A queda do Muro de Berlin
















Há vinte anos atrás
Um muro foi derrubado
A guerra foi vencida
Sem nenhum tiro ser dado
Sem nenhum corpo abatido
Apenas a parede que fora erguida
O qual era marco de divisão
Tombou-se ao chão.
O país foi reunificado
Familiares ora apartados
Por insanidade tamanha
Pela loucura do Poder
Novamente estão lado a lado
Reconstruindo a Alemanha
Desfazendo as diferenças
Que a divisão proporcionou;
De um lado o progresso, a riqueza
Do outro miséria e extrema pobreza.
Esta é uma demonstração
Que quando se deseja a paz
Ela verdadeiramente se faz.

( Ataíde Lemos )

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Não da para falar de paz


















Não da para falar em paz
Onde a guerra se faz
Onde se morre de fome
E o homem não tem nome.
Onde é ceifada a esperança
No olhar sem vida da criança
Onde é tamanha a miséria
A vida sendo apenas matéria
Que pode ser descartada
Como algo que não vale nada.
Onde a justiça que é feita
Sempre está sujeita
Ao poder econômico do autor
Porque o real valor
Não está no Ser
Mas sim no Ter
Ou então no Poder.

( Ataíde Lemos )

Flor de espinhos















Você com este jeito de mulher
Faz de mim o que quer
E eu aceito.

Você é uma flor com muitos espinhos
Sabe conquistar os meus carinhos
Satisfazendo meus e seus desejos.

Você vem e vai embora
Tua presença não tem hora
Brinca com meus sentimentos.

Você sabe onde me encontrar
É tão fácil de me achar
Pois sou teu todo momento.

E assim eu vou vivendo
Por este amor vou me perdendo
Sem ter como dele correr.

Sou o que você quiser
Mas pra você sou um qualquer
Este é o meu sofrer.


( Ataíde Lemos ) 

Bem Aventurados






















Bem aventurados são os que não se calam
Denunciando as injustiças entre irmãos.
Vozes corajosas que entre as multidões ecoam
Para que sejam ouvidas por toda a nação.

Bem aventurados são os promotores da paz
Que não desistem de lutar pela vida
Sendo comumente incompreendidas
Mas não esmorecem de seus ideais voltando atrás.

Bem aventuradas as pessoas que são injustiçadas
E por tantos são tratados como malfeitoras
Que pela cor, etnias, pobreza são humilhadas.

Bem aventurados são todos que não acomodam
Que não tem olhos voltados apenas para si mesmo
Sendo despojados e convictos no amor que acreditam.


Ataíde Lemos

A dor da traição

















A dor de uma traição
É como um espinho
Que ferroa todo o tempo
Fazendo sangrar o coração.
É uma dor latente
Que tira o prazer
Da vida viver.

Mesmo que o sangue
Consiga ser estancado
De tempo em tempo
Ele se rompe
E volta a sangrar
Tornando difícil
Do amor suportar.

A dor de uma traição
Faz morrer o sentimento
É como um vento
Que passa forte
Fazendo-se perder o norte
Arrasando todo o Ser
Quebrando cristais
Que mesmo desejando
Colar, não será igual jamais.


Ataíde Lemos

Preso em você

















Você me envolveu
Nem sei como isto aconteceu
Só sei, que de repente, eu era seu.

Você atraente e tão sutilmente
Eu completamente carente
Entreguei-me de corpo, alma e mente.

Sem perceber meu coração
Perdeu complemente a razão
E me levou pra tuas mãos

Assim nasceu este grande amor
Que na minha vida é alegria e dor
Igual espinho numa bela flor.

E agora assim estou
Preso no visgo que tu colocou
E meu ser em ti empregou.

Fiz de minha vida a tua
Encontro-me entregue na sua
A minha agora está nua.

( Ataíde Lemos )

Súplica de um dependente químico






















Senhor; estou diante de Ti
Quero abrir meu coração;
Brinquei com fogo e me queimei
Agora perdido me encontro
Como sair desta não sei.
Estou completamente doente
Perdi o comando do corpo e da mente
Mergulhei numa dependência
Que me mata a cada dia mais
Como também destruo meus pais.
A cada instante sinto-me mais fraco
Tenho menos força para resistir
A compulsão, a ansiedade
Que ela proporciona
Deixando-me totalmente entregue
Sem dela conseguir me libertar.
Muitos não mais acreditam em mim
E não posso acusá-los ou culpá-los
Pois sempre me deram carinho, atenção
De alguma maneira tentaram me ajudar
Mas de olhos sempre fechados
Não os abri para enxergar.

Senhor; somente Tu sabes minha dor
Nem eu, tenho a total dimensão
Só sei que perdido estou.
Pareço ser um caso sem solução
Mas recorro a Vós de coração
Acredito piamente em Seu amor
Mesmo sem merecer
Pois durante toda minha vida
Vivi sem Lhe buscar
Pelo contrario, muitas vezes
De Ti, vivia zombar.
Porém, mesmo afastado de Vós
Sei que jamais deixou de me amar
Esteve sempre a me esperar
Por isso, neste momento de escuridão
Peço a Ti também perdão
E reconstrua-me novamente
Faça-me um vaso novo em tuas Mãos.


( Ataíde Lemos )

Direitos Autorais

Os direitos autorais são protegidos pela lei nº 9610/98, violá-los é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal Brasileiro.
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