"A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática.
Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas". (Autor Desconhecido)
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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Meu Velho

Teu olhar cansado,
Tuas rugas expostas
E pra a mim a resposta
Dos anos passados
Das lutas sofridas
Umas perdidas
Outras vencidas
Das lágrimas choradas
Ou contidas.

Seu andar trêmulo
Na mão uma bengala.
Já um pouco surdo
Seu olhar turvo
No coração a certeza
De que o tempo
Deu-lhe o tempo
De ver os frutos dos frutos.

Sua fala ofegante
Compassada, pensada,
Experimentada
Que os anos lhe deram
Faz-me debruçar
Em seus braços
Sentir seu abraço
E a Deus agradecer
Por ser feito de você
Meu pai, meu velho
Meu grande amigo.

(Ataíde Lemos)

2 comentários:

Retalhos de Amor disse...

Ataíde...
Lágrimas de saudades
Nesta fiel fotografia
De Amor
Este é o meu primeiro
dias dos pais sem o meu...
Ainda não consigo respirar,
andar, viver qual antes,
quando com ele...

Beijos, Amigo...
No coração!!!
Iza

Anônimo disse...

Sem comentários...Homenageei meu pai com este seu poema..........Maravilhoso!
Parabéns...Beijos no coração!

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