"A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática.
Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas". (Autor Desconhecido)
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O tempo não desfaz

Como não dizer que foi amor
Se o que senti mudou minha vida
Se mesmo deixando como presente a dor
Fez a minha história mais colorida.

Como colocar uma pá de cal
Pensando que assim se põe um ponto final
Se em meu corpo ainda há o calor
Há o perfume e as marcas deste amor.

Palavras podem ser jogadas ao vento
Como forma de manipular olhares
Mas não mata os sentimentos.

O tempo muda as estações, faz um novo verão
Refaz o velho, traz o novo, transforma o momento
Porém não desfaz o que se enraizou no coração.

(Ataíde Lemos)

2 comentários:

Tétis disse...

Olá Ataíde

Vejo que este soneto é a continuação do anterior, ou seja, o mesmo sentimento, a mesma emoção de algo que passou mas que ficará para sempre gravado no coração.

Tal como o anterior, este poema é lindíssimo.

Destacarei o último terceto:

"O tempo muda as estações, faz um novo verão
Refaz o velho, traz o novo, transforma o momento
Porém não desfaz o que se enraizou no coração."


Beijos

Retalhos de Amor disse...

A fragrância se eterniza
E, mesmo que os lábios
Contradigam, no coração
enraizada permanece!!!

Mais um emocionado Poema, Ataíde!!!
Belíssimo!!!

Beijos, Amigo...
No coração!!!
Iza

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