"A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática.
Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas". (Autor Desconhecido)
Seja bem-vindo. Hoje é

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O encanto acabou

Quando me conhecestes
Dizia que me amava e me queria
Falava que gostava do meu jeito de ser
Que te fazia feliz, dava alegria e prazer.

Minhas palavras te encantava
Tudo em mim te fascinava
Pedia-me que sempre fosse
Esta pessoa que nunca mudasse

Agora você diz que preciso mudar
Que sou difícil de se suportar
Vive apontar-me mil defeitos
Que assim não tem jeito
Se não mudar vai me deixar.

Fique a vontade para partir
Não demore em ir
Na verdade, não fui eu quem mudei
Foi o encanto que acabou
E a chama se apagou.

(Ataíde Lemos)

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